terça-feira, 23 de novembro de 2010

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A gente não dá certo de longe,

Nosso jeito é muito de perto,
Eu quero teu beijo agora,
Você me quer do teu jeito.
A gente de longe sente muita saudade,
É fato, é claro, que a nossa história,
Tem seus erros e acertos,
Tem seus altos e baixos.
De longe, eu sinto ciúme,
Você desconfia de tudo,
De longe não pode me abalar o teu sorriso,
De longe teu olhar, muito ligado,
Perde o controle dobrado,
Que me dispensa quando está perto.

domingo, 17 de outubro de 2010

Quando contemplas aflito
A cinzura que minha glória tem
Não vês o quanto é bendito
Ser do amor refém?


E se passam tantos dias,
Nas palavras ainda te encontro,
Como sempre soubemos bem,
No encanto da poesia,
Tua cara e meu guia,
Somos do amor reféns.

E a devorar palavras com voraz ansiedade,
Retirando do invólucro, o tão bem amado,
Lacrado com fita de cetim, meu doce passado,
Recordo-me tão pouco do gosto de ter,
Mas o de ser, ainda está guardado,
O amor mais incrustado,
Sendo refém, sem poder ser.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Poesia!

Já faz tempo que a palavra me persegue, ronda meus passos e atravessada, dança em frente as minhas pernas, me travando a estrada se não as desembaraço.
Faz muito tempo que da pele saem, e dos olhos já murchos pela lágrima cansada, e das mãos exasperadas que correm atrás das voltas que a palavra dá.
Faz tempo mesmo que me atravessam os dias, me causam euforia e um certo jeito de dizer, que a boia da dos meus dias é a luz da poesia, meu cais e meu amanhecer.
Por ela passaram  amores, e com ela eu os contei, enrredo, trama e cores e por fim com ela chorei.
Com ela também risquei tantos recomeços. e não quero descobrir se a ela eu obedeço, ou por ela pago meu preço.
Quero a poesia sempre, inteira, sem ela endureço!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

É nossa!

deusa de cera,
de olhos de cristal,
produção de abelha,
semente, terra e sal.

quimera escondida.
tão diferente do normal,
e tão atrevida,
faces pro bem, não faças mal!

deusa menina,
tão refinada e desigual
e que me fascina,
semente, terra e sal.

Querido, obrigada por valorizar a simplicidade, e por agregar valores e sons ao que me é tão delicado, mas tão sincero!!!

Beijo Grande Leo Bruno!!!!

sábado, 20 de março de 2010

Pros seus olhos...

Alimenta a alma,
a paz e a calma.

Traduz na sua sutileza,
pequenas pistas,
ouro e cobre
em sua realeza,
distância e afeto
em dualidade nobre.

Aos céus rogo,
mais um instante.
Sem definições
ou indicadores.

Aos céus eu rogo,
outra cena entrelaçada,
a diversidade de sabores,
o desejo que cria poesia
e todas as suas cores.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Onde volto atras...

Corre tudo lá fora,
de forma perfeitamente normal,
corre a rua, a Lapa a Glória,
meus olhos percorrem o cais,
passeiam lentamente 
pelas frestas das cortinas escuras,
decidindo o nunca mais.
Meus olhos passeiam,
marejados, decidos,
insanos e voluveis,
e tudo em mim volta atras.
desejei encantos tantos.
se é sem fugir que vou mais longe,
se é entregando que posso mais,
me dando pelas pontas permaneço,
sem saber de nada mais.